Quarenta e seis quilombolas foram assassinados em 13 estados do país, de janeiro de 2019 a julho de 2024, de acordo com relatório da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq)
O levantamento aponta que cerca de um terço dos casos tinha como contexto a disputa de terra e quase 65% das vítimas foram mortas com arma de fogo.
Nesses casos, muitas vítimas foram executadas com tiros na nuca ou cabeça. Selma Dealdina M’baye, articuladora política da Conaq, ressalta que os mais atingidos por essa violência são lideranças quilombolas.
Os estados que mais perderam quilombolas foram Maranhão, Bahia e Pará. Selma Dealdina, da Conaq, explica o perfil daqueles que cometem os crimes.
Também chama a atenção a brutalidade empregada nos crimes, com mortes provocadas por dor física, com golpes no corpo da vítima, como socos e chutes.
Outra estratégia utilizada contra os quilombolas é o incêndio criminoso, que, se não debelado a tempo, é capaz de destruir pertences e até mesmo moradias.
Ao todo, foram contabilizadas oito ocorrências desse tipo pela Conaq, nos estados do Maranhão, Bahia, Tocantins, Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Selma Dealdina acrescenta que, para esse cenário ser modificado, é preciso maior comprometimento do Estado com a estruturação de políticas para os territórios quilombolas, além de medidas de proteção para as lideranças e punição para os responsáveis pelos crimes.
Fonte: Fonte: Agência Brasil