A campanha Não existe final feliz com o trabalho infantil doméstico chama a atenção para os riscos desse problema que atinge cerca de 84 mil crianças e adolescentes no Brasil. Meninas com 14 e 17 anos e negras que vivem em situação de pobreza são as maiores vítimas, de acordo com dados do IBGE.
A campanha está sendo realizada pelo Ministério Público do Trabalho, em parceria com a Justiça do Trabalho, Ministério do Trabalho e Emprego, a Organização Internacional do Trabalho e Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil.
Veiculada nas redes sociais, conta a história de Maria, uma menina pobre que saiu do interior do país em busca de melhores condições de vida e acabou indo trabalhar na casa de uma família em outra cidade.
A história de Maria, comum a tantas meninas brasileiras, mostra os perigos que impactam não só no presente, mas também no futuro dessas crianças e adolescentes, como a exposição a abusos físicos, psíquicos e sexuais, condições análogas à escravidão, afastamento da família e violação de direitos básicos, como acesso à educação e ao lazer.
Especialistas ressaltam que ajudar a lavar a louca em casa, arrumar a própria cama, aprender a cuidar da plantação e outras atividades que fazem parte de uma rotina caseira não são considerados trabalho infantil. São atividades de socialização e transmissão de conhecimento.
Mas essa contribuição não pode ser exagerada, nem atrapalhar as atividades prioritárias da criança e do adolescente, como estudar e brincar. Mesmo dentro de casa, se ela se tornar a principal responsável por tarefas domésticas ou de cuidados com outras pessoas, também configura trabalho infantil.
Fonte: Fonte: Agência Brasil
