Os saberes ancestrais e a grande importância dos diversos idiomas indígenas são o tema do evento Língua Mãe, que acontece nestes sábado (18) e domingo em São Paulo, e no dia 22 no Rio de Janeiro
Essa é a primeira edição do festival que, além de apresentações e performances, conta com a presença de representantes de diferentes territórios indígenas, como Guarani, Tupi e Pataxó; pesquisadores e ativistas, em diferentes debates.
Serão ao todo seis encontros para discutir questões principalmente ligadas ao apagamento das línguas indígenas ao longo dos séculos. Também será abordado o resgate dos dialetos adormecidos por meio de diferentes tecnologias.
O evento tem curadoria do líder indígena, ambientalista, filósofo, poeta e imortal Ailton Krenak; da escritora e psicanalista Suely Rolnik e da diretora e atriz Andreia Duarte. Andreia destaca a importância do encontro.
“A gente está fazendo um evento que valoriza as línguas indígenas, mas que também combate a ideia de uma monocultura da língua portuguesa. Quer dizer, não existe somente a língua portuguesa nesse país. E a língua portuguesa se torna oficial, instituída como um projeto de apagamento, inclusive de luta e de guerras, de desterritorialização dos povos indígenas”.
Entre as apresentações estão, em São Paulo, a performance Antes do Tempo Existir, construída a partir da memória dos povos originários e seu diálogo entre as variadas existências do planeta. E no Rio de Janeiro Carlos Tukano, da Aldeia Maracanã, apresenta o Canto Sagrado da Cultura Tukano, na abertura do evento, que também conta com fala de Ailton Krenak.
O evento dialoga com a Década Internacional das Línguas Indígenas, instituída pela UNESCO para o período de 2022 até 2032.
Os ingressos são gratuitos tanto no Museu das Culturas Indígenas, na capital paulista, quanto na semana seguinte no Centro Cultural Banco do Brasil, na região central da cidade do Rio.
Fonte: Fonte: Agência Brasil