O indiano Mahatma Gandhi era um jovem advogado quando se mudou para a África do Sul em 1893 e ficou no país até 18 de julho de 1914. A indignação diante da segregação racial fez com que Gandhi liderasse campanhas de resistência não-violenta na luta pelos direitos civis dos indianos.
Naquela época a África do Sul era colônia da Grã-Bretanha. Quando Gandhi chegou ao país africano, sofreu um ato de discriminação. Durante uma viagem de trabalho, foi retirado à força do vagão de trem exclusivo para brancos. Mesmo com o bilhete em mãos, Gandhi foi expulso por desobedecer às leis de segregação racial.
Ser tratado daquela maneira impulsionou a luta de Gandhi contra a segregação no país. O líder indiano desenvolveu o “satyagraha”, uma forma de protesto não-violento que significa “insistir pela verdade”.
Em 1906, o governo da colônia britânica de Transvaal determinou que todos os indianos do sexo masculino, maiores de 8 anos, deveriam fazer um cadastro com impressão digital. Gandhi conseguiu mobilizar mais de dez mil indianos contra o registro. Por causa dessa primeira campanha de resistência, ele foi condenado a dois meses de prisão.
Em 1913, o movimento satyagraha esteve à frente da marcha da greve dos trabalhadores de minas de carvão. Gandhi foi preso mais uma vez e saiu depois de pagar fiança.
O movimento de resistência na África não deu um fim à discriminação mas conseguiu acabar com um imposto extra sobre os cidadãos da Índia e reconhecer os casamentos indianos.
Depois de quase duas décadas de lutas na África do Sul, Gandhi deixou o país, em julho de 1914, e nunca mais voltou. Sua campanha pela resistência não-violenta continuou na sua origem, com atos pela independência da Índia.
História Hoje
Redação: Beatriz Evaristo
Sonoplastia: Jailton Sodré
Edição: Bianca Paiva
Apresentação: Oussama El Ghaouri
Publicação Web: Rilton Pimentel
Fonte: Fonte: Agência Brasil