Uma mobilização nacional quer reforçar o papel da sociedade no enfrentamento da violência e na proteção de nossas crianças. Um dos enfoques da Semana de Prevenção da Violência na Primeira Infância, que vai até sexta-feira (18/10) com uma série de atividades em todo o país, é conscientizar as pessoas sobre a importância do cuidado integral à saúde dos pequenos e da atenção aos possíveis sinais e sintomas que podem significar atos de abuso, agressões e maus-tratos.
Segundo a psicóloga Daniela Gimenez, gerente do Programa de Atenção à Criança e ao Adolescente Vítima de Violência, da Fundação para a Infância e Adolescência do Rio de Janeiro, alguns sinais de alerta são choro e irritabilidade.
“A criança fica um pouco mais agressiva, pode acontecer o isolamento social, mudanças de humor, dificuldade de seguir algumas regras, desinteresse por atividades que anteriormente a interessavam. Então são sinais aos quais os adultos devem estar em alerta quando a criança tiver esse tipo de comportamento.”
Também devem ser observados distúrbios do sono, ansiedade ou medo ligado a determinadas pessoas ou situações. Daniela ressalta a importância de procurar a ajuda de um profissional especializado.
“Vamos observar, vamos procurar ajuda de profissionais da saúde mental, porque quando a criança não é acompanhada e ela não consegue trabalhar todas essas questões que está sofrendo, isso acaba tendo um aspecto muito negativo na vida adulta, principalmente nas questões comportamentais e emocionais.”
Em casos suspeitos, denuncie-se. Procure o Conselho Tutelar, a Vara da Infância e da Juventude ou o Disque 100.
Com orientações voltadas à sensibilização de gestores e profissionais de saúde, o Ministério da Saúde disponibiliza em sua página a Linha de Cuidado para a Atenção Integral de Crianças, Adolescentes e Suas Famílias em Situação de Violências. A publicação traz orientações sobre formas de prevenção e acolhimento.
Outro documento importante é a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança, que reúne temas sobre violência, prevenção de acidentes e promoção da cultura de paz. Além disso, o Ministério da Saúde promove regularmente oficinas com gestores dos estados para auxiliá-los no fortalecimento das redes de enfrentamento às violências contra crianças e adolescentes e na organização de linhas de cuidados.
Fonte: Fonte: Agência Brasil